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domingo, 26 de maio de 2013

Nossa cidade nunca deixou de fazer arte, é claro que a forma que o povo expressa seus dons varia bastante devido as nossas influências, nosso acúmulo, nosso estado de espírito e nossa conjuntura. Cada dia que passa cresce nos izabelenes uma vontade de cantar, escrever, pintar, filmar, dançar e, em decorrência disso, registrar nossa criatividade, transformar nossa cidade cultural e socialmente. Em minha opinião, cultura e arte são hábitos que te enobrecem, que te fazem refletir e crescer como ser humano. E o artista nisso tudo é o grande mártir que se sacrifica para que sua mensagem chegue a quem precisa e transforme esse receptor de maneira positiva. Por isso, às vezes, discordo quando alguém fala que uma coisa é arte, quando a premissa desta “arte” é substituir o artista por um programa de computador, por exemplo. O princípio da alquimia é a lei da troca equivalente. Se você quer uma coisa, primeiro deve estar preparado para sacrificar algo de mesmo valor em troca. Para transmutar uma cidade rica em cultura, é preciso saber do que é feito uma cidade rica em cultura. Para construir é preciso saber do que é feito e como é feito, e para desconstruir também. Promover desconstrução é estupidez quando não se tem domínio sobre o que se propõe desconstruir. Estamos caminhando para uma explosão cultural que nossa cidade jamais vivenciou, Muitas pessoas sabem disso, e estão chegando de outras cidades aqui, com boas e más intenções. Uns vão ajudar a promover, orientar e levar para fora as boas notícias daqui. Mas outros estão se aproximando para se promover, cansados de ser “mais um” de onde vieram. Querem ser os pioneiros, querem dizer que estavam aqui quando aconteceu. Até aí, o caráter das pessoas nada tem haver, mas quando começam a desmerecer as conquistas do nosso povo, diminuir o significado de nossas vitórias para engradecer as deles, prejudica quem está batalhando aqui para ser reconhecido. Certo dia li uma frase que dizia: “A maior ambição do homem é colher aquilo que nunca plantou.” Faria muito sentido se quem falasse não fosse tão hipócrita. Aliás temos que lidar com isso também, aqueles que se apropriam dos pensamentos, indagações e reflexões do próximo para criar algo para se promover, algo que até faz sentido, se não fosse dito por alguém tão hipócrita, que vai contra tudo o que prega.